segunda-feira, 8 de abril de 2013

Misericórdia, a festa da conversão


A Festa da Misericórdia tem de ser a festa do encontro. Afinal, é a mística do encontro de Deus com o humano, com a miséria do homem.

Aquele que oferece a misericórdia torna-se inesquecível. Muitas pessoas passaram por nossa vida, mas aquela que nos amou quando nós não merecíamos ser amados, jamais esqueceremos. Experimentamos a miséria humana, seja de marido pra mulher, do amigo para o outro; a partir disso, podemos ter uma noção do amor de Deus por nós. A nós cabe oferecer ao outro um espaço no nosso coração.

A primeira aula de miserciórdia que vivemos é a experiência do amor de mãe. Elas sabem o significado do verdadeiro amor, da entrega, mas nem sempre oferecemos a misericórdia ao irmão. Hoje, queremos pedir a Deus que arranque do nosso coração todo pecado que, muitas vezes, nos privam de viver a misericórdia.

Hoje, ninguém está fora da graça que Deus nos concede. Todos nos temos misérias vergonhosas, mas a misericórdia é para todos, inclusive para aqueles que não têm coragem de dizer que “Deus o ama”. 


O verdadeiro cristão é solidário ao outro
Foto: Natalino Ueda/CancaoNova.com

Quando alguém me ofender por gesto ou palavra, vou olhar na direção do seu amor, e dizer: Eu quero ter, ó meu Senhor, um coração igual ao teu.

Nós sacerdotes nos tornamos padres por prestar atenção em alguém. Tivemos um modelo positivo, o qual nos atraiu.

O diabo virou quem é por conta da inveja que cresceu no seu coração - o desejo de ser como Deus. Ao invés de simplesmente ter um coração parecido com o do Senhor, ele quis estar acima do Mestre.

O Evangelho de hoje nos convida a refletir o verdadeiro significado do sepulcro vazio em minha vida. O que ele diz para a minha vida naquilo que tenho feito?

Quando alguém nos machuca, trai nossa confiança ou faz algo contrário daquilo que esperávamos, retemos o pecado do outro em nós.

Encontramos pessoas destruídas, porque não conseguiram encontrar forças para perdoar!

Mesmo sabendo que o outro errou, se não o perdoarmos, acabaremos guardando o pecado dele no nosso coração. É por isso que precisamos ter um coração igual ao do Senhor. Que não alimenta dores nem rancores, tampouco ingratidão.

A falta de conversão consiste em reduzimos nosso Cristianismo a um conjunto de ritos e obrigações. Em que situação você ainda não se parece com Jesus? A festa de hoje é de conversão, é momento de termos a coragem de olhar para nós mesmos e investigar onde não nos parecemos com Cristo. Seja na maneira de ser mãe, pai, marido, filho ou esposa.

A única religião que nivela as pessoas por baixo, que propõe as facilidades do pecado, é aquela que o diabo inventou. O verdadeiro cristão é solidário ao outro.

O espírito cristão é, antes de tudo, de solidariedade. Se você aceitou ser iluminado pela misericórdia precisará estar disposto a viver as pequenas mortes que nos fazem pensar no outro. O Cristianismo não é brincadeira; é difícil, mas em lugar nenhum você vai encontrar um Deus que faz de tudo para ter você por perto.

Quando alguém o ofender, é preciso olhar em direção ao Cristo e pedir um coração igual ao d'Ele. Isso, muitas vezes, significa que, mesmo diante de um desaforo, você deva se calar.

Quando alguém o ofender, peça a Deus essa graça. Assim, será mais fácil ser vizinho, amigo, colega, marido, esposa e filho. Não podemos viver na hipocrisia. Se alguém o maltrata, trate-o bem. Quem quer ter um coração misericordioso como o de Jesus, não paga com a mesma moeda. Se você não se sente acolhido, ofereça seu carinho e acolhimento. Seja cristão!

Mesmo quando alguém disser que essa atitude o torna bobo das pessoas, acredite que é melhor parecer “bobo” e ser como Jesus do que assemelhar-se à hipocrisia.

É na administração de nossas misérias que vamos alcançando um coração igual ao do Senhor. Não desanime. A misericórdia de Deus está sempre sendo oferecida em cada sacramento.

O amor de Jesus nos é oferecido. Mas o recebimento desse amor é comprometimento, pois, a partir desse momento, a sua vocação tem que ser o amor.

No nosso coração não pode haver espaço para rancores, mágoas e perdendo a oportunidade de ser feliz.

Hoje, na Festa da Misericórdia eu quero que o Senhor arranque do meu coração que me dificulta aproximar do seu coração e ser parecido com ele. Arranque as minhas mágoas, ressentimentos, preconceitos e tudo aquilo que é obstáculo para a sua graça. Hoje, eu quero um coração semelhante ao seu Jesus. Amém.

Transcrição e Adapção: Dado Moura



Novos movimentos religiosos são tema de encontro internacional

“Evangélicos, pentecostais, carismáticos. Os novos movimentos religiosos, um desafio para a Igreja Católica”. Este é o tema de um Simpósio internacional que será realizado em Roma de 9 a 11 de abril, pela Conferência Episcopal alemã.

O evento, que acontecerá na Casa Bonus Pastor, terá um tema diferente a cada dia.

No dia 9 será “Desenvolvimento e contexto dos novos movimentos religiosos”; no dia 10 será abordado o tema “O fenômeno dos novos movimentos religiosos sob diversas perspectivas”, enquanto no dia 11 de abril será a vez do tema “Conclusões para a Pastoral da Igreja Católica”.
O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, participará do encerramento dos trabalhos. Após o evento será realizada uma coletiva de imprensa.
Estudiosos de diversos países participarão das conferências, entre eles, o Arcebispo de Bamberg e Presidente da Conferencial Episcopal alemã para a Imigração, Dom Ludwig Schick; o Presidente da Conferência Episcopal sul-africana, Arcebispo de Johannesburgo, Dom Buti Joseph Tlhagale; o Bispo de Baltimore Dom Denis Madden e o Bispo de San Fernando, nas Filipinas, Dom Virgilio Siongco David. 

Células-tronco serão tema de Conferência internacional no Vaticano

O Pontifício Conselho para a Cultura anunciou a realização da 2ª Conferência interacional sobre células-tronco adultas nos dias 11 a 13 de abril. O evento será realizado no Vaticano com o tema “Medicina Regenerativa – uma mudança fundamental na Ciência e na Cultura”.

Com especialistas, políticos, diplomatas e pesquisadores de institutos e universidades renomados, a finalidade da Conferência é aumentar a consciência global acerca da capacidade das células-tronco adultas, explorando suas possíveis consequências culturais.

Cientistas apresentarão os progressos médicos em todo o mundo, entre os quais a renovação de órgãos doentes e danificados, a regeneração de tecidos para as vítimas de queimaduras, reequilíbrio dos sistemas imunitários, progressos nos tumores pediátricos, prevenção na rejeição de órgãos e outros desafios, como o mal de Parkinson e lesões cerebrais. Também haverá testemunhos de pacientes naos quais foram aplicados tratamentos inovadores.

A Santa Sé apoia a pesquisa realizada no respeito dos valores morais, na dignidade da pessoa humana, com a finalidade de contribuir com benefícios para o humanidade. A Conferência será aberta pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, e está prevista uma audiência com o Papa Francisco no sábado, 13 de abril.

O evento é fruto da colaboração, há cinco anos, entre o Pontifício Conselho e a empresa NeoStem, através de organizações sem fins lucrativos, como STOQ (Ciência, Teologia e a Questão ontológica).

Paróquias são tema central da Assembleia Geral dos Bispos André Alves

Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário-geral da CNBB


A 51ª Assembleia dos Bispos do Brasil terá início nesta quarta-feira, 10, em Aparecida (SP). A reunião começa com celebração da Missa no Santuário Nacional, seguida da abertura com entronização da Palavra de Deus e a entrada da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A partir desse momento, têm início os trabalhos do encontro.
O tema geral da assembleia deste ano é "Comunidade de comunidades: uma nova paróquia". De acordo com o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, com este tema a Igreja no Brasil deseja repensar o serviço que as paróquias oferecem à evangelização. 
Segundo o bispo, a sociedade vive uma realidade urbana, digital e virtual próprias deste tempo e por isso é necessário rever as estruturas das paróquias. Para Dom Leonardo, a paróquia, na forma em que foi criada e pensada, não responde mais às necessidades do tempo, mas “continua sendo um instrumento importante para a dinamização da Igreja”.
Citando o Documento de Aparecida, o bispo ressalta que a paróquia não deve ser um lugar apenas para a busca dos sacramentos, mas um local onde as pessoas possam se encontrar, celebrar e enfrentar a vida cotidiana. 
Na opinião do secretário-geral da CNBB, tratar desse assunto na Assembleia significa questionar como a Igreja, por meio da paróquia, pode ser mais viva; “uma Igreja que realmente é uma presença ativa, uma presença de conselho, de esperança, de fraternidade e justiça”.

Dificuldades na evangelização paroquial
Perguntado sobre as principais dificuldades das paróquias na evangelização, Dom Leonardo, afirma ser a aproximação com as pessoas. “Uma das questões mais difíceis é chegarmos às pessoas. Creio que ainda estamos esperando, apesar de termos avançado muito na Igreja no Brasil no espírito missionário, ainda esperamos as pessoas virem. A paróquia precisa criar esse espírito missionário de ir ao encontro das famílias, das pessoas e criar esses grupos, também por rua ou por prédio, que se reúnem e rezam juntos." 
O Papa Francisco tem nos demonstrado isso, diz o bispo. “A Igreja precisa estar mais próxima das pessoas, não nos isolarmos. Talvez a paróquia, na sua estrutura, precise estar mais a serviço das pessoas. A estrutura que criamos precisa estar a serviço das pessoas e não as pessoas a serviço das estruturas. Elas podem nos ajudar a servir melhor."

Sub-temas da Assembleia
O Diretório de Comunicação para a Igreja no Brasil, as questões agrárias e os textos litúrgicos do Missal Romano são assuntos que Dom Leonardo adiantou que também farão parte das plenárias. 
Segundo o bispo, os critérios de escolha do tema geral e dos sub-temas variam de acordo com as necessidades atuais da Igreja, com as propostas oferecidas pelas comissões e questões relevantes como, por exemplo, a situação agrária no país. No entanto, Dom Leonardo garantiu que todos os temas passam por votação no Conselho Permanente da CNBB. 

Mensagem ao Papa Francisco
No final da Assembleia, os bispos farão uma mensagem que será enviada ao Papa, como tem acontecido nas assembleias gerais anteriores. O texto será escrito por uma comissão composta de três bispos, responsável pela elaboração dos documentos da Assembleia. A mensagem passará pela aprovação de todos os prelados e será encaminhada ao Papa Franscico. 
“A mensagem será enviada ao Santo Padre expressando a nossa comunhão, nossa fidelidade e o desejo de trabalharmos e estarmos a serviço do Evangelho”, diz Dom Leonardo.
Ao todo mais de 300 bispos devem participar da 51ª Assembleia Geral, além dos assessores e demais pessoas ligadas à CNBB.Os bispos ficarão hospedados em hotéis próximos uns dos outros. Segundo Dom Leonardo, a proximidade aumentará as possibilidades de reuniões, bate-papos e convivência fraterna entre os bispos que participarão do evento.

sexta-feira, 22 de março de 2013

PROGRAMAÇÃO DA PARÓQUIA SANTA RITA NA SEMANA SANTA

 
24/03( DOMINGO DE RAMOS )= Saída plano Inclinado (da Piqueira)

26/03( TERÇA -FEIRA )= Santos Óleos -as 18h na Catedral

27/03( QUARTA -FEIRA SANTA )= MISSA DO ENCONTRO- (jovens levarão o cartaz da campanha da fraternidade saindo do abrigo as 18h45) missa será em frente a dona Nirinha.

28/03( QUINTA-FEIRA SANTA )= CEIA DO SENHOR as 19h30 na santa rita com o lava pés (2 jovens de cada grupo jovem) FICAMOS COM A II LEITURA.
 

29/03( SEXTA-FEIRA SANTA )= 5h da manhã caminhada penitencial 16h30 celebração. A partir das 9h da manhã terá adoração até a hora da missa as 16h30. O Nosso horário é das 11h até as 12h. E as 16:30 a Celebração da Paixão.
 

30/03( SABADO SANTO )=VIGILIA PASCAL, Saida do Mirante de D Zezé ás 18:30
 

31/03( DOMINGO )= PASCOA DA RESSURREIÇÃO as 7h missa no abrigo, e 18h30 Santa Rita.

sábado, 9 de março de 2013

Prefeito e bispo de Ilhéus conversam sobre temas do centenário da Diocese.



O prefeito Jabes Ribeiro, recebeu em seu gabinete nesta quinta-feira, 7, o bispo Dom Mauro Montagnoli, que tratou da programação comemorativa dos 100 anos de existência da Diocese de Ilhéus, criada oficialmente no dia 20 de outubro de 1913. Além de agradecer ao prefeito pelo apoio às atividades da Diocese, o religioso também falou sobre o “Aleluia Ilhéus Festival”, evento cujas atividades do dia 29 deste mês (Sexta-Feira da Paixão) serão compatibilizadas com a programação anual diocesana.
Montagnoli aproveitou a visita para apresentar ao chefe do Executivo ilheense o empresário Jary Mendonça, proprietário da empresa Reviver, que desenvolveu um novo conceito de cemitério parque. Em área vendida pela Diocese, a Reviver iniciará, no prazo máximo de 60 dias, a construção de uma unidade no quilômetro três da rodovia Jorge Amado, envolvendo capela, floricultura, lanchonete e administração 24 horas.
Centenário – Segundo Dom Mauro Montagnoli, os objetivos da celebração do centenário da Diocese de Ilhéus são aumentar a consciência de diocesanidade, firmar compromissos da ação evangelizadora da Igreja e divulgar ações sociais que constroem cidadania.
Depois da abertura oficial do centenário, ocorrida em novembro do ano passado, a programação ainda contemplará diversos eventos, como a Semana Missionária Jovem, de 17 a 20 de julho, em todas as paróquias ilheenses; o Dia do Padre, no dia 4 de agosto, em Ubaitaba, Zonal Leste; a Semana Social Diocesana, dentro da 5ª Semana Social Brasileira, de 19 a 21 de setembro, em Ilhéus, zonais Centro Sul e Centro Norte (CTL) e a Celebração do Centenário, no dia 20 de outubro, na praça Dom Eduardo, em Ilhéus.

Secretário de Turismo apresenta o Projeto do Festival Aleluia Ilhéus ao Bispo Dom Mauro Montagnoli


O Secretário de Turismo da nossa cidade apresentou ao Bispo Diocesano Dom Mauro Montagnoli o projeto do Aleluia Ilhéus, que é um festival de artes integradas e negócios. O Bispo afirmou que durante a Semana Santa, o Católico deveria participar das atividades na Igreja, e após poderia participar da Feira. O Bispo gostou do modelo do evento que tem a sociedade civil organizada envolvida, grandes empresas, artistas, pequenos agricultores, artesãos etc. No dia 28 de março será realizado o show do Padre Fábio de Melo que será uma homenagem ao Centenário da Diocese de Ilhéus. O secretario voltou a afirmar o apoio do prefeito Jabes Ribeiro ao projeto, mas também confirmou a decisão do prefeito de não colocar recursos públicos municipais no evento, que será patrocinado pela Secretaria de Turismo do Estado, Sebrae, Bahia Pesca, Bahia Gás, Nutricau, Ebda, Car, Desenbahia, etc



Conclave começa dia 12, próxima terça-feira

O Conclave que elegerá o próximo Papa terá início dia 12 de março. A Sala de Imprensa Vaticana informou a data às 17h40 (13h40 no horário de Brasília), desta sexta-feira, 8. Na parte da manhã, será celebrada a tradicional missaPro Eligendo Pontifice e à tarde, os cardeais ingressam na Capela Sistina.

Confira mais informações no especial papa.cancaonova.com 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ONDE ESCUTAR JESUS?


Entre todos os métodos possíveis de ler a Palavra de Deus está sendo revalorizado cada vez mais, em alguns setores cristãos, o método chamado lectio divina, muito apreciado em outros tempos, sobretudo nos mosteiros. Consiste numa leitura meditada da Bíblia, orientada diretamente para suscitar o encontro com Deus e para a escuta de sua Palavra no fundo do coração. Esta forma de ler o texto bíblico exige diversos passos.

            O primeiro passo é ler o texto procurando captar o seu sentido original, para evitar qualquer interpretação arbitrária ou subjetiva. Não é legítimo fazer a Bíblia dizer qualquer coisa, tergiversando seu sentido real. Precisamos compreender o texto empregando todas as ajudas que tivermos à mão: uma boa tradução, as notas da Bíblia, algum comentário simples.

            A meditação implica um passo a mais. Agora trata-se de acolher a Palavra de Deus meditando-a no fundo do coração. Para isso começa-se por repetir devagar as palavras fundamentais do texto, procurando assimilar sua mensagem e torná-la nossa. Os antigos diziam que é necessário “mastigar” ou “ruminar” o texto bíblico para “fazê-lo descer da cabeça ao coração”. Este momento pede recolhimento e silêncio interior, fé em Deus que me fala, abertura dócil à sua voz.

            O terceiro passo é a oração. O leitor passa agora de uma atitude de escuta a uma postura de resposta. Esta oração é necessária para que se estabeleça o diálogo entre o crente e Deus. Não é preciso fazer grandes esforços de imaginação nem inventar belos discursos. Basta perguntar-nos com sinceridade: “Senhor, que queres dizer-me através deste texto? A que me chamas concretamente? Que convicção queres semear em meu coração?”

            Pode-se passar a um quarto momento, que costuma ser chamado de contemplação ou silêncio diante de Deus. O crente descansa em Deus, calando outras vozes. É o momento de estar diante dele, ouvindo apenas seu amor e sua misericórdia, sem nenhuma outra preocupação ou interesse.

            Por último, é necessário recordar que a verdadeira leitura da Bíblia termina na vida concreta e que o critério para verificar se ouvimos a Deus é nossa conversão. Por isso, é necessário passar da “Palavra escrita” para a “Palavra vivida”. São Nilo, venerável Pai do deserto, dizia: “Eu interpreto a Escritura com minha vida”.

 (Pagola, J. Antonio, O Caminho aberto por Jesus, Petrópolis, RJ: Vozes,2012,  p. 160-161)


ENVIADO PELO NOSSO BISPO DOM MAURO

MEDITAÇÃO SOBRE A TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR


                                                            ESCUTAR SOMENTE JESUS

A cena é chamada tradicionalmente de “transfiguração de Jesus”. Não é possível reconstruir com certeza a experiência que deu origem a este surpreendente relato. Só sabemos que os evangelistas lhe dão grande importância, pois se trata de uma experiência que deixa entrever algo da verdadeira identidade de Jesus.

            Num primeiro momento, o relato destaca a transformação de seu rosto e, embora venham conversar com Ele Moisés e Elias, talvez como representantes da Lei e dos Profetas respectivamente, só o rosto de Jesus permanece transfigurado e resplandecente no centro da cena.

            Ao que parece, os discípulos não captam o conteúdo daquilo que estão vivendo, porque Pedro diz a Jesus; “Mestre, como é bom estarmos aqui! Faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Ele coloca Jesus no mesmo plano e no mesmo nível que os dois grandes personagens bíblicos. A cada um sua tenda. Jesus não ocupa ainda um lugar central e absoluto em seu coração.

            A voz de Deus vai corrigi-lo, revelando a verdadeira identidade de Jesus: “Este é meu Filho, o eleito”: aquele que tem o rosto transfigurado. Não deve ser confundido com os de Moisés ou Elias, que estão apagados. “Escutai-o”. E a ninguém mais. Sua Palavra é a única decisiva. As outras nos devem levar até Ele.

            É urgente recuperar na Igreja atual a importância decisiva que teve em seus inícios a experiência de ouvir, no seio das comunidades cristãs, o relato de Jesus recolhido nos evangelhos. Estes quatro escritos constituem para nós uma obra única que não devemos equiparar ao resto dos livros bíblicos.

            Há algo que só neles podemos encontrar: o impacto causado por Jesus nos primeiros que se sentiram atraídos por Ele e o seguiram. Os evangelhos não são livros didáticos que expõem doutrina acadêmica sobre Jesus. Tampouco são biografias redigidas para informar detalhadamente sobre sua trajetória histórica. São “relatos de conversão” que convidam à mudança, ao seguimento de Jesus e à identificação com seu projeto.

            Por isso pedem ser ouvidos em atitude de conversão. E nessa atitude devem ser lidos, pregados, meditados e guardados no coração de cada crente e de cada comunidade. Uma comunidade cristã que sabe escutar cada domingo o relato evangélico de Jesus em atitude de conversão começa a transformar-se. A Igreja não tem um potencial mais vigoroso de renovação do que aquele que se encerra nestes quatro pequenos livros.

(Pagola, J. Antonio, O Caminho aberto por Jesus, Petrópolis, RJ: Vozes,2012,  p. 156-158)

ENVIADO PELO NOSSO BISPO DOM MAURO

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Saiba como participar da Jornada Mundial da Juventude.

    
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL      
 Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato



Setor Juventude

Diocese de Ilhéus – Subregião Pastoral 06/RNE III 


“Ide e fazei discípulos entre todas as nações.” (Mt 28,19)


Paz e Bem!

Tendo em vista a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre os dias 23 a 28 de julho do corrente ano na cidade do Rio de Janeiro, vimos por meio deste socializar algumas informações com relação ao encontro.
A JMJ teve início no ano de 1986 em Roma e foi idealizada pela papa João Paulo II. Nela ocorrem diversos momentos como catequeses, adoração do Santíssimo, missas, palestras, partilhas e shows. Faz-se um convite especial aos jovens católicos para que vivenciem este momento.
Nós, do Setor Juventude, estamos em parceria com a diocese de Itabuna para viabilizar a ida dos nossos jovens para a JMJ. Segue então algumas informações:

Saída dia 22∕07∕13 às 07 hs. da cidade de Itabuna
Retorno dia 28∕07∕13
Valor: R$ 940,00 – carnê (sendo a última parcela paga até o dia 08 de junho) ou R$ 990,00 – cartão de crédito.

Este valor inclui a inscrição com direito a alimentação, hospedagem e visita ao Cristo Redentor e o transporte.
Salientamos ainda que cada paróquia ou grupo pode organizar sua caravana, desde que a inscrição seja feita em grupo.
Lembramos que entre os dias 17 a 20 de julho do corrente ano realizaremos a Semana Missionária, evento que antecede a JMJ e acolhe os peregrinos estrangeiros no nosso país. Nossa diocese está disposta a acolher de 2.000 peregrinos. Solicitamos que cada paróquia nos informe a quantidade de peregrinos que pode acolher. Temos que buscar pessoas que possam ser tradutoras a fim de facilitar a comunicação.

Convocamos todas as paróquias para uma reunião no dia 02 de março às 09 hs no salão da Igreja São Jorge. Por favor, enviem pelo menos 01 representante para que organizemos melhor as nossas atividades.

À disposição para maiores esclarecimentos.

Setor Juventude da Diocese de Ilhéus



Contatos: Pe. Gilvan 8134-9624      Távila 9998-8918∕8828-1247∕9120-4098
                Pe. Valdir 8876-0367       Lamônia 8804-0409


                                    http://www.pj.org.br/jmj/
                                    http://www.rio2013.com/pt

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Tá chegando a hora!!!!!FOLIA COM CRISTO E BEM MELHOR!!!!


**O bloco veio mostrar que nós católicos, também podemos curtir um carnaval saudável, sem drogas e nem violência, louvando a Jesus Cristo e evangelizando, espalhando a alegria do católico para todo o mundo ver.

DIA 08 /02 COM MELHOR ANIMADOR " COSME " NA AVENIDA SOARES LOPES, PIPOCANDO TUDO!!!!

--Adquira seu AbaCristo
Paroquias Nomes Telefones:
Iguape= Filipe- 8181-2960 Kelly- 8151-0457
Barra= Karlla- 8139-2618 Leandro- 8845-1115
Malhado= Beto- 8132-9626 Tiago- 8803-5742
Conquista= Odilon- 8179-9050 Amanda – 8819-713
Urbis= Dea- 8888-4415.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Encontro reuniu mais de 300 assessores da Pastoral Juvenil



Jovens Conectados
O encontro foi uma oportunidade para discutir os desafios e as oportunidades da evangelização dos jovens.
Mais de 300 assessores da pastoral juvenil de todo o país se reuniram em Brasília entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro para discutir os desafios e as oportunidades da evangelização dos jovens.
Organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o evento contou com a presença do cardeal Stanislaw Rilko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL); do núncio apostólico Dom Giovanni D’Aniello; padre Eric Jacquinet, responsável pelo Setor Juventude no PCL e integrantes do Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013; entre outros convidados especiais.

Na primeira noite do encontro, os participantes discutiram a nova evangelização e suas perspectivas em três diferentes realidades: no meio universitário, nas comunicações e entre os mais fragilizados. A ideia de que o cristão deve anunciar o Evangelho, mas além disso, vivê-lo e dar testemunho dele com seus atos, foi a mensagem que perpassou as falas de todos os palestrantes.

O formador-geral da Comunidade Canção Nova, padre Wagner Ferreira, fez uma colocação no primeiro dia do evento. Ele refletiu sobre a "realidade da fé no mundo da comunicação digital", a partir dos pronunciamentos dos Papas Bento XVI e o Beato João Paulo II, e apresentou o modo de vida dos jovens da Canção Nova e o exemplo do fundador da instituição, monsenhor Jonas Abib.

No segundo dia, o arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, falou sobre o Ano da Fé e explicou que a nova evangelização pressupõe confessar a fé, celebrar a fé na liturgia e testemunhar a fé, sobretudo através da caridade.

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, lembrou que no próximo ano, quando será focada na Juventude, a Campanha da Fraternidade estará completando 50 anos. Ele explicou que a CF 2013 apresentará como o jovem de hoje vive a mudança de época pela qual o mundo está passando.

Jornada Mundial da Juventude
Vários integrantes do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013 também participaram do encontro. Eles explicaram detalhes da preparação, falaram das expectativas e esclareceram dúvidas dos assessores da pastoral juvenil a respeito do evento. A Semana Missionária, período que antecederá a Jornada, foi explicada pelo assessor nacional da Juventude, Padre Carlos Sávio Ribeiro, e pelo padre Jefferson Araújo, do COL.

O cardeal Rilko falou sobre os frutos que as jornadas mundiais da juventude. Segundo ele, “As jornadas têm se tornado uma força propulsora para a solicitude pastoral da Igreja em favor dos jovens. Vamos formar uma geração de operadores de pastoral que estão sabendo extrair boas inspirações para os jovens”.

Os trabalhos de evangelização da juventude depois da JMJ também estiveram no centro dos debates durante o encontro. Padre Antônio Ramos do Prado, assessor nacional da Comissão para a Juventude, comandou a reflexão sobre o tema e informou que os regionais da CNBB, além de outras instâncias, estão sendo consultados sobre a aplicação das linhas de ação propostas no Documento 85, sobre Evangelização da Juventude.

No diálogo inter-religioso, Igreja usa "armas de paz e perdão"



Arquivo
Dom Francesco é bispo na Diocese de Volta Redonda/Barra do Piraí e membro do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso
Criado em 1988 pelo Papa João Paulo II, o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso tem a missão de auxiliar o Santo Padre na promoção de relações de amizade com seguidores de religiões não-cristãs espalhadas por todo o mundo.
Dom Francesco Biasin, recentemente nomeado membro do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, acredita que a relação da Igreja Católica com religiões não-cristãs é boa. Para o bispo, não há maiores embates entre elas, mas sim, diálogos construtivos.
“A Igreja prefere continuamente um caminho de diálogo construtivo que favoreça a paz entre todos os povos, construída, inclusive através de um relacionamento amistoso,” disse.
Dom Francesco lembra que embora haja pessoas dispostas a construir a paz, ainda há fundamentalistas exacerbados. Neste caso é necessário um cuidado para que não haja conflitos, nem guerras, nem violência.
É preciso distiguir bem entre uma religião e quem as pratica, disse o bispo. Da mesma forma que existem extremistas nas Igrejas Cristãs, o mesmo acontece em outras religiões.

A mídia acompanha os recentes conflitos na Faixa de Gaza, entre o grupo palestino Hamas e as forças armadas de Israel. Estes conflitos não partem de todo o povo islâmico, mas de extremistas, o que acontece da mesma forma com Israel.
De acordo com Dom Francesco, a Igreja combate o extremismo com  “armas de paz e de perdão". “Diante de situações de violência e de perseguição, por parte de extremistas, a Igreja procura ser prudente, manter sempre uma presença que não seja provocatória. E, quando ela mesma sofre violência e perseguição e no seus membros até a morte, a Igreja usa a arma de Jesus que é o perdão. Essa é a maneira que pode enfrentar situações limites,” disse o bispo.

Católicos e muçulmanos
Em mensagem para o encerramento do 8º Colóquio entre o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e o Centro Islâmico para o Diálogo Inter-religioso, o Santo Padre pediu que se prosseguisse no caminho de diálogo autêntico e fecundo entre católicos e muçulmanos.
Dom Francesco acredita que o caminho para este diálogo autêntico e fecundo se dá no favorecimento das relações interpessoais com os representantes das religiões. Depois, seria importante reconduzir os diálogos aos textos sagrados, como a Bíblia e o Alcorão.

Um caminho para a boa relação
Para Dom Francesco, encontrar pontos comuns entre as religiões pode ser uma alternativa para crescer do diálogo inter-religioso.
Um ponto sugerido pelo bispo é a salvaguarda da obra da criação. “Todo esforço que as religiões fazem para guardar o meio ambiente, a casa do homem, é um esforço que une. Portanto, guardar a natureza é um ‘chão comum’ onde nós podemos trabalhar pacificamente.”
Outro ponto trata do reconhecimento de um “Pai comum”. “Pode se chamar com nomes diferentes, mas muitas religiões acreditam num ser subremo que criou todas as coisas por amor.”
Por fim, Dom Francesco sugere que as reflexões sejam feitas em torno da valorização da pessoa humana, por se tratar de um  âmbito que muitas religiões conhecem e que pode ser aproveitado para se estabelecer uma boa relação. 

Beatificação de leigo indiano alegra Bento XVI



Gaudium Press
Devasahayam Pillai foi beatificado nesse domingo, 2, na Índia
O Papa Bento XVI anunciou, ao final do Angelus desse domingo, 2, que "em Kottar, na Índia, foi proclamado beato Devasahayam Pillai, fiel leigo que viveu no século XVIII e morreu mártir".

O Santo Padre demonstrou contentamento e esperança pelo fato, e afirmou: "nos unimos à alegria da Igreja na Índia e rezamos para que o novo Beato sustente a Fé dos cristãos nesse grande e nobre país".

Em suas palavras em inglês, Bento XVI não deixou também de destacar a figura do leigo Pillai, convertido do hinduísmo e agora proclamado Beato, e expressou sua alegre saudação "ao povo de Kottar que celebra hoje [domingo] a beatificação de Devasahayam Pillai".

O Papa quis assinalar ainda, diante de milhares de peregrinos na Praça de São Pedro, que o testemunho do Beato "é um exemplo da esperança diante na vinda de Cristo, que lembra este primeiro domingo do Advento".

Devasahayam Pillai, pai de família, foi assassinado em 1752 por ter se convertido ao catolicismo. O rito de beatificação foi presidido pelo cardeal Ângelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos, em nome do Papa Bento XVI.

Encontro discute oportunidades na evangelização dos jovens



Jovens Conectados


Jovens Conectados
O encontro vai até o próximo domingo, 2 e reúne responsáveis pela juventude de diversos organismos da Igreja Católica no Brasil.
Começou nesta sexta-feira, 30, na paróquia Santo Antônio, o segundo dia de Encontro para os Assessores da Pastoral Juvenil Nacional. Durante a manhã, as oportunidades e os desafios para a evangelização da juventude foram os principais assuntos abordados.
O dia começou com a Missa, às 7h30, celebrada pelo núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello. Concelebravam a Missa Dom Odelir, referencial da juventude no Nordeste; Dom Bernardino Marchío – mais conhecido como “Dom Dino” –, bispo de Caruaru (PE) e membro da Comissão para a Juventude, da CNBB; e Dom Eduardo Pinheiro, presidente da Comissão. Além deles, cerca de 40 padres assessores concelebraram.
Logo no início da Missa, Dom Eduardo afirmou a necessidade, no Brasil, de haver pessoas que trabalhem com a juventude de forma responsável e acolhedora. Para Dom Giovanni, a opção preferencial da Igreja pelos jovens atualmente já seja uma realidade, e é necessário que se continue aproveitando as oportunidades que estão surgindo. Segundo ele, a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, é a principal chance de se aproximar dos jovens.
“Nós somos Igreja jovem. Vocês, jovens, mostram que têm o desejo de ficar com Deus. E devem mostrar ao mundo esse amor, porque é o que o mundo precisa. Precisamos ser capazes de espalhar este amor que Deus nos deu. Temos a missão de espalhar a Palavra de Deus, que é Palavra de amor”, afirmou o Núncio.
Dom Giovanni D'Aniello se referiu à JMJ como um grande começo para a nova evangelização, e para o chamado aos jovens.
“A JMJ não é um ponto de chegada, mas sim de partida. Como diz o hino da Jornada, o Senhor nos convida a ser missionários, porque o mundo precisa de nosso testemunho; precisamos mostrar aos outros o quanto é importante pertencer a Deus”, destacou.

Vivência da Fé
O testemunho e a vivência da fé de forma madura também foram pontos levantados por Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília, em sua palestra sobre o Ano da Fé, tempo que deseja uma evangelização nova, “reproposta”. De acordo com ele, propõe-se uma criatividade pastoral para suprir a necessidade de evangelizar.
Segundo o arcebispo, o documento Porta Fidei - carta em que o Papa Bento XVI proclama o Ano da Fé - não trata de novos conteúdos, mas sim de novas formas para anunciar a Palavra de Deus. Para isso, a Igreja pede que três pontos sejam cumpridos: confessar a fé, celebrar a fé na liturgia e testemunhar a fé, sobretudo através da caridade.
“A fé não pode ser puramente pressuposta. Todo o esforço do Ano da Fé é para tornar a fé mais consciente e mais madura.”
Como a juventude, atualmente, é o grande tema para a Igreja no Brasil, uma as proposições finais do Sínodo dos Bispos, ocorrido em 2012, foi expressamente dedicada à juventude. O trecho diz que os “jovens não são apenas o futuro, mas também o presente, seja da Igreja, seja da humanidade”.
Segundo Dom Sergio, deve-se refazer a experiência da samaritana, que vai ao poço e dá água aos que têm sede. Segundo ele, “temos de nos alimentar de Jesus Cristo e, depois, alimentar a quem tem sede de água viva”, principalmente por meio do protagonismo juvenil na Igreja, de forma a valorizar o jovem.
Após a palestra, os participantes dividiram-se em grupos, segundo a divisão em regionais da CNBB, e debateram os temas expostos na manhã desta sexta-feira,30.

A nova evangelização ajuda a destronar ídolos modernos, diz Papa


Reflexões sobre a atual condição dos direitos humanos, o papel da nova evangelização neste contexto. Essas foram algumas das questões abordadas pelo Papa Bento XVI em audiência com membros do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz. Estes estiveram reunidos para sua 27ª Assembleia Plenária.

“A partir de uma nova evangelização da sociedade pode derivar um novo humanismo e um renovado empenho cultural e projetivo. Essa ajuda a destronar os ídolos modernos, para substituir o individualismo, o consumismo materialista e a tecnocracia, com a cultura da fraternidade e da gratuidade, do amor solidário”.

O Papa lembrou que os direitos e deveres do homem não se fundamentam única e exclusivamente na consciência social dos povos, “mas dependem primeiramente da lei moral natural, inscrita por Deus na consciência de cada pessoa, e também em última instância da verdade sobre o homem e sobre a sociedade”. 

E mesmo que a defesa desses direitos tenha feito progressos, Bento XVI ressaltou que a cultura de hoje, caracterizada, entre outros, pelo individualismo, tende a desvalorizar a pessoa. 

“Se, por um lado, continua-se a proclamar a dignidade da pessoa humana, por outro, novas ideologias – como aquela hedonística e egoísta dos direitos sexuais e reprodutivos ou aquela de um capitalismo financeiro desregulado que prevalece na política e desconstrói a economia real – contribuem para considerar o trabalhador e o seu trabalho como bens “menores” e a minar os fundamentos naturais da sociedade, especialmente a família”. 

Mas, para o Cristianismo, conforme lembrado pelo Papa, o trabalho é um bem fundamental para o homem, tendo em vista o processo de socialização, a formação da família, a contribuição para o bem comum e a paz. “ Por isso mesmo, o objetivo do acesso ao trabalho para todos é sempre prioritário, também nos períodos de recessão econômica (cfr Caritas in veritate, 32)”, disse.

O Santo Padre lembrou que a Igreja não tem a tarefa de sugerir, do ponto de vista jurídico e político, questões concretas para a ordem internacional. No entanto, ela orienta os devidos responsáveis com critérios de julgamento para que possam garantir o bem comum. 

Mas Bento XVI destacou que, para essa ação, não se deve imaginar um superpoder, concentrado nas mãos de poucos e que tire proveito dos mais fracos. “... toda autoridade deve ser entendida, antes de tudo, como força moral, faculdade de influir segundo a razão (cfr Pacem in terris, 27), isso é, como autoridade de propriedade, limitada por competência e pelo direito”. 

ADVENTO



No domingo, dia 2 de dezembro, iniciamos mais um ano litúrgico com o tempo do Advento.
Advento, ou o “dia da vinda”, é um tempo de preparação para receber o Senhor que vem e se manifesta a nós. Sua manifestação tem dois aspectos:
1. Sua manifestação em nossa carne ao nascer, e constitui a sua 1ª vinda.
2. Sua manifestação em glória e majestade no final dos tempos, e constitui a 2ª vinda.
Rezamos na oração do Prefácio I: “Revestido da nossa fragilidade, ele veio a primeira vez para realizar seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação. Revestido de sua glória, ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos”.
O tempo de advento tem dupla estrutura: advento escatológico e advento natalício. O primeiro compreende o tempo que vai do 1° domingo do advento ao dia 16 de dezembro; o segundo vai do dia 17 a 24 de dezembro, que é o tempo de preparação mais imediata para a festa do natal.
É importante compreender bem esta distinção para se poder celebrar com mais proveito para a nossa vida espiritual o tempo de advento. Infelizmente já estamos focados na festa do natal com todos os enfeites, sons e cores e nos esquecemos da preparação do coração e da mente. Sendo assim, devemos deixar para colocar os enfeites natalinos, inclusive a montagem do presépio, para o tempo do advento natalício, depois do dia 16 de dezembro.
"A celebração da vinda do Senhor no tempo do advento vem ao encontro de nossa busca fundamental. Somos seres de desejo, inacaba­dos, sempre ‘em devir’, assim como a realidade social e cósmica da qual fazemos parte. Elementos rituais próprios deste tempo litúrgico expres­sam e nos ajudam a incorporar esta dimensão do mistério de nossas vidas: leituras bíblicas, cantos, a prece “Vem Senhor Jesus”, a cor roxa ou rosada, a coroa de advento, as antífonas do Ó. Ouvindo a promessa da plena realização do Reino de Deus, cresce a expectativa e podemos afir­mar confiantes: “um outro mundo é possível”. Cheios de esperança suplicamos: “Venha a nós o vosso Reino” e atendemos ao convite para a vigilância e a espera ativa, preparando os caminhos do Senhor". (Ione Buyst)
No primeiro domingo somos convocados a atitudes bem concretas diante da vinda do Filho do Homem: levantar, erguer a cabeça, tomar cuidado, ficar atentos. Ou seja, é preciso ficar de pé diante do Filho do Homem.
São Bernardo, abade (sec. XII), num de seus sermões, dizia: “Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas, esta não. Na primeira vinda, o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que o viram e não o quiseram receber. Na última, todo homem verá a salvação de Deus (Lc 3,6) e olharão para aquele que transpassaram (Zc 11,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o vêem em si mes­mos e recebem a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória. Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que con­duz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária é nosso repouso e consolação”. (Liturgia das Horas, vol. I, p. 137-138)
O Senhor virá e a melhor maneira de manter a espera vigilante é por meio do amor e da oração constante. A vigilância é uma atitude existencial e libertadora que se manifesta na esperança ativa, na fé no trabalho, nas relações humanas de cada dia, no compromisso para com a justiça do Reino. É apelo a viver um amor universal transbordante, que leva a construir um mundo novo de paz e fraternidade.
A comunidade de fé, movida pela esperança, reza e clama: “venha a nós o vosso Reino”, “vinde Senhor Jesus”. Na verdade ele já está no meio de nós, mas nos comprometemos como Ele para que tudo possa ser plenamente transformado, segundo a vontade de Deus.
É na tensão do “já” e do “ainda não” que celebramos, alimentando-nos da Palavra e da Eucaristia para termos coragem de erguer do chão tudo o que está abatido.

Dom Mauro Montagnoli
Bispo diocesano de Ilhéus

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Nosso Deus não é um Deus castigador

Preciso lhe explicar que a ligação entre pecado e doença não é aquela que a nossa cabeça nos mostra. Quantas pessoas pensam que estão doentes porque Deus as castigou. Quem nunca pensou que as doenças e males da sua vida e do mundo são frutos do castigo divino?

O nosso Deus não é um Deus castigador! O que acontece é que infelizmente os nossos pecados, muitas vezes, diretamente já nos causam doenças e problemas. Por exemplo, a pessoa que nutre raiva e rancor acaba com seu fígado, seu estômago, seu sistema circulatório. É uma ligação direta, porque não fomos feitos para odiar.

Você entendeu? Não é Deus que nos castigou, mas nós que, ao vivermos sentimentos e atitudes negativas, damos brecha para o inimigo entrar.

Por isso, vamos nos decidir: Pecado na minha vida, nunca mais! Se eu pecar, não vou ficar nenhum dia em pecado. Vou reconhecer logo a minha culpa e vou me apresentar ao Senhor. Vou me apresentar ao meu Deus, meu Senhor, que é amor, misericórdia e perdão. E na hora em que eu reconhecer isso e me apresentar a Ele eu serei perdoado. É claro que se for um pecado grave, será preciso passar pelo sacramento da confissão. Dessa forma, eu tenho não somente o perdão de Deus, mas um "documento" que prova que Deus me perdoou. A confissão garante o perdão que você adquire ao reconhecer seu pecado. 

Não perca tempo. Reconheça-o o mais rápido possível e receba do Senhor a plena purificação dos seus pecados. Apresente-se ao Senhor para viver uma vida nova.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Zumbi dos Palmares: um herói brasileiro. História do Dia Nacional da Consciência Negra


Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.




Importância da Data
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os descendentes dos povos negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca, aliada a invisibilidade dos personagens negros. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira, pela Lei 10639/03.
O processo de cidadania geradora do desenvolvimento da pessoa toda e de todas as pessoas é aquele que considera a dignidade da pessoa circunstanciada na cultura, raça, religião, cor, história, lugar social, desde a sua realidade original – Imagem e Semelhança de Deus – até a sua original contribuição na construção da história da sociedade.

Como muito bem falou o Papa João Paulo II, aos afroamericanos, em 1992, em Santo Domingo: "A estima e o cultivo dos vossos valores Afro-americanos, enriquecerão infalivelmente a Igreja."

Em outras palavras, a novidade que a Igreja quer e merece é a inclusão em sua Ação Evangelizadora, das riquezas culturais e espirituais que emanam do Patrimônio africano e do afro-descendência.
O processo de Cidadania do povo negro é (precisamos insistir muito) uma dimensão essencial da vida e da Missão da Nossa Igreja Católica Apostólica Romana, que, neste Novo Milênio, a Palavra de Cristo, sublinhada pelo Papa, quer avançar em águas mais profundas.
A Igreja Católica no Brasil, fiel à missão de Jesus Cristo, está presente nesses importantes acontecimentos por meio de seus representantes e de suas orações. Exorta a todo o Povo de Deus a colocar-se a serviço da vida e da esperança, "acolher, com abertura de espírito as justas reivindicações de movimentos - indígenas, da consciência negra, das mulheres e outros - (...) e empenhar-se na defesa das diferenças culturais, com especial atenção às populações afro-brasileiras e indígenas" (CNBB, Doc. 65, nº 59).


PASTORAL AFRO-BRASILEIRA DA CNBB